4/29/2013

Uma não resposta

Ou.... fica tudo como dantes.

Perante um requerimento do PSD - http://base.alra.pt:82/Doc_Req/Xreque40.pdf

Eis a resposta(?) do Governo - http://base.alra.pt:82/Doc_Req/Xrequeresp40.pdf

4/18/2013

VOTO DE PESAR


Faleceu ontem, 17 de Abril de 2013, no Hospital de Angra do Heroísmo, vítima de doença prolongada, o Padre José Simões Borges.

 

José Simões Borges, nasceu a 15 de Março de 1928 na Freguesia do Cabo da Praia, Concelho da Praia da Vitória.

 

Ingressou no Seminário de Angra, onde tirou o Curso Teológico dos Seminários e Complementar dos Liceus, tendo sido ordenado padre a 16 de Novembro de 1952.

 

Na sua actividade eclesiástica passou por diversas paróquias açorianas. Em Outubro de 1953 iniciava o seu magistério no Santuário da Conceição, em Angra do Heroísmo, tendo depois passado por Santa Maria Madalena, na ilha do Pico, em 1954, onde se destacou o seu trabalho em obras de preservação daquela igreja.

 

Em 1955 vai para a ilha de São Jorge, onde esteve 4 anos colocado nos Biscoitos da Calheta, até rumar novamente à Terceira, para exercer na Paróquia da Fonte do Bastardo, onde permaneceria por 5 anos.

 

Simões Borges desembarcou na ilha Graciosa a 1 de Julho de 1964 para prestar serviço na Paróquia de Santa Cruz da Graciosa.

 

Em 1967 passou para a Freguesia de Guadalupe, colocado nos Curatos de Ribeirinha e Vitória até 1985, ano em que tomou posse na Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, onde exerceu o seu múnus sacerdotal durante 20 anos.

 

Entre muitas obras por ele orientadas destacam-se as de restauro da Igreja de Guadalupe após o sismo de 1989.

 

Depois de mais de 50 anos dedicados à Igreja, assume apenas funções no Curato de Santo António da Vitória até ao dia 8 de Novembro de 2010.

 

Desde 1 de Outubro de 1969 exerceu funções de docente na antiga Escola Preparatória da Graciosa, como professor de educação musical e educação moral e cristã. Nesta escola foi ainda, durante dez anos, Presidente do então Conselho Directivo, um mandato que se iniciou em 1975, tendo no ano lectivo 1990/1991 sido presidente do Conselho Pedagógico daquela escola, tendo-se reformado do ensino em 1994.

 

Simões Borges esteve sempre ao serviço da população também na área cultural, tendo sido membro de direcções, fundador e dinamizador de diversos clubes associações e grupos musicais, em que se destaca o Graciosa Futebol Clube, Sociedade Recreativa da Vitória, Clube Central de Guadalupe e Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz da Graciosa.

 

Violinista e compositor, a sua veia artística levou-o ainda a colaborar na preparação de músicas para o Conjunto "Selvagens do Ritmo", foi regente das Filarmónicas Recreio dos Artistas e União e Progresso de Guadalupe, e fundou a 6 de Abril de 1978 o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Guadalupe.

 

Foi igualmente ensaísta e levou à cena algumas peças de teatro.

 

Pelas ilhas em que passou também teve um papel importante nesta área, nomeadamente ao fundar o grupo de Violas, Orfeão e Grupo de Teatro dos Biscoitos da Calheta, em São Jorge.

 

Na ilha Terceira fundou a Orquestra Filarmónica de Angra do Heroísmo e na Fonte do Bastardo fundou os grupos de folclore e de teatro e variedades.

 

Muito interessado em cultura procurou formação nesta área, tendo concluído o curso de regentes amadores de bandas de musicas civis e curso do património artístico natural e etnográfico em 1992.

 

Simões Borges foi ainda colaborador de diversos programas de rádio tendo sido correspondente na Graciosa da Rádio Clube de Angra e RDP Açores - Antena 1, destacando-se em programas como a "Voz da Força Aérea no Atlântico", "Manhãs de Sábado" e programa "Pensamentos" da Rádio Graciosa.

 

Em 2003 publicou um livro de crónicas que partilhava nas "Manhãs de Sábado" com os ouvintes da Antena 1.

 

Como momento único na sua vida, Simões Borges sempre assinalou ter, em 1967, levado a efeito uma celebração eucarística única, feita pela primeira vez na Furna do Enxofre, que foi acompanhada musicalmente pelo conjunto musical: "Selvagens do Ritmo".

Como violinista assumiu particular importância o momento em que desceu à Furna do Enxofre na ilha Graciosa, tocando violino para o então Presidente da República, Dr. Mário Soares.

 

O empenho que colocou na defesa das questões graciosenses e a disponibilidade que sempre demonstrou para com as instituições que representou deram-lhe o merecido reconhecimento público, e foi assim que viu ser descerrado um busto em sua homenagem no Largo de Guadalupe na ilha Graciosa, que também passou a designar-se Largo Padre José Simões Borges, tendo ainda recebido o título de cidadão honorário da ilha Graciosa atribuído pela Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa.

 

Em 2009 foi igualmente homenageado pelos paroquianos da Vitória, na ilha Graciosa, por ocasião do centenário da Igreja.

 

Em 2010 recebeu a medalha de mérito municipal da Câmara Municipal da Praia da Vitória.

 

Assim, o Grupo Parlamentar do PSD propõe a aprovação do seguinte voto de pesar:

 

A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores manifesta o seu pesar pelo falecimento do Senhor Padre José Simões Borges, cujo percurso de vida sempre demonstrou o seu empenho nas questões a que se dedicou, assim como pela sua terra de adopção e pelas gentes da ilha Graciosa

 

Que deste voto seja dado conhecimento à família enlutada.

 

 

Horta, sala de Sessões, 18 de Abril de 2013

 


4/10/2013

Comunicado

A visita estatutária do Governo dos Açores à ilha Graciosa veio revelar um Governo envergonhado, escondido atrás da guerrilha ao Governo da República, e desaparecido da resolução dos problemas dos Graciosenses.

Foi uma das visitas mais curtas e com menos actividade de sempre do Governo na Graciosa, e perante os problemas colocados pelo Conselho de Ilha o Governo adiou e deixou sem resposta a sua larga maioria.

A excepção foi o compromisso de reabrir as Termas do Carapacho até final do corrente mês de Abril e realizar obras de reparação das piscinas do Carapacho e reposição do areal da Praia antes do início da época balnear.

Quanto a outras questões essenciais, o Governo do PS promete e adia, mas não apresenta verdadeiras soluções. Que o digam os empresários da Graciosa que assistem ao continuar de dois pesos e duas medidas.

A questão da Adega Cooperativa continua a intrigar muitos Graciosenses: Os Governos do PS e os seus representantes na Graciosa criaram e sustentaram os verdadeiros problemas da Adega, e perante as evidências, ao invés de promoverem uma verdadeira concertação entre produtores, continuam a evitar reconhecer os problemas que criaram e alimentaram, e teimam em fazer parte do problema em vez de se assumirem como parte da solução.

Nas questões da saúde tardam as respostas e a resolução dos problemas que afectam os Graciosenses.

Já quanto às prometidas obras estruturantes que estariam prontas na última legislatura, o Governo e o PS voltam a não corresponder com a sua palavra. Uma atitude que leva a pensar que o Governo Socialista não conhece os programas eleitorais do PS Graciosa das últimas legislaturas.

Por outro lado, o Governo encosta-se a algumas iniciativas privadas para tentar ficar bem na fotografia, quando, na verdade, são esses privados que devem ser enaltecidos por concorrerem a fundos comunitários, não havendo qualquer verba do Governo envolvida nas suas iniciativas.

O PSD Graciosa não deixa de assinalar que os apoios concedidos de pequenas verbas a algumas instituições da Graciosa são uma obrigação que o Governo cumpre em cada visita estatutária, como é o caso do apoios às IPSS que prestam um inestimável serviço aos Graciosenses. Mas muitas outras instituições ficam, de ano para ano, à espera que se cumpram as promessas eleitorais do PS Graciosa e dos seus representantes e, nesses casos, o Governo anda desaparecido.

O Governo quis levar a cabo um evento de ouvir a população da Graciosa, o que é meritório, mas temos de deixar a sugestão que façam como nos últimos comícios do PS na Graciosa e forneçam transporte para as pessoas se fazerem deslocar a essas iniciativas, é que muitos Graciosenses, principalmente os idosos, não têm como comparecer por falta de transporte!

O PSD Graciosa não pode deixar de demonstrar a sua preocupação perante os problemas que afectam a Graciosa, desde o desemprego e o envelhecimento da população à necessidade de fixação de pessoas na ilha, dos transportes à enorme quebra do turismo que vamos assistindo, passando pelo eterno problema de valorização dos nossos produtos agrícolas e à quebra de rendimento também dos nossos pescadores, e estamos disponíveis para ajudar o Governo a enfrentar estes problemas. Quer através dos nossos alertas e sugestões, quer promovendo o debate de ideias e incentivando o governo a agir. Mas temos todos de remar para o mesmo lado sem desperdiçar energias, como faz o Governo Regional que está mais ocupado a criticar o Governo da República.

O Governo Regional sabe que pode contar com a nossa determinação a defender os interesses da Graciosa e em contribuir para o seu desenvolvimento. É nisso que estamos empenhados e será isso que faremos.

 

Santa Cruz da Graciosa, 10 de Abril de 2013

 

A Comissão Política do PSD-Graciosa