9/22/2008

PS quer "desviar atenções" da condenação do presidente do governo

Comunicado


Os Presidentes de Câmara candidatos pelo PSD ao círculo eleitoral de S. Miguel, nas eleições legislativas regionais de Outubro, denunciam a hipocrisia, a desonestidade intelectual e a falta de coerência manifestada pelo PS-Açores relativamente às candidaturas dos autarcas nas listas do PSD.

O PS tem dois pesos e duas medidas consoante tenha ou não presidentes de câmara nas suas listas de candidatos.

Em 2000 e 2004 o PS apresentou nas suas listas de candidatos a deputados diversos autarcas entre eles o repetente Sérgio Ávila e nenhum desses autarcas suspendeu o seu mandato.

Em cada um desses anos o entendimento do PS foi exactamente o mesmo que hoje temos, ou seja, que os candidatos, presidentes de câmara municipal devem suspender as respectivas funções e não os respectivos mandatos.

Foi esse o procedimento adoptado desde sempre nos Açores e em todo o País (nas eleições para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e para as Assembleias Legislativas Regionais), fundado em pareceres da ANMP e da Direcção Geral das Autarquias Locais, este ultimo devidamente homologado pelo Ministro da tutela (Anexo I).

Ao fazer queixinhas à CNE sobre uma situação com a qual concordou em eleições anteriores o PS esquece o seu passado e deixa-se conduzir pela infantilidade dos “cristãos novos” que nasceram e cresceram politicamente no consulado socialista e julgam que tudo começa e acaba com eles.

O PS quer desviar as atenções da condenação do presidente do governo por ter violado a lei do referendo sobre o aborto ao mesmo tempo que revela ter receio das candidaturas de autarcas que estão sempre ao lado das populações que sabem o que custa a vida, que nunca hesitam em colocar em primeiro lugar o interesse das pessoas e a resolução dos seus problemas.

Em política a credibilidade é um valor fundamental e a coerência um principio inalienável.

A questão da interpretação jurídica da norma do artigo 9º da Lei Eleitoral sobre suspensão de funções versus suspensão de mandato mais do que uma questão jurídica, sem efeito prático para o objectivo pretendido pelo legislador, é neste particular momento da vida politica regional uma questão eminentemente politica que comprova a falta de ética e de coerência do PS.

Sérgio Ávila em 2004, candidato a deputado, não suspendeu o mandato autárquico. Hoje o mesmo Sérgio Ávila membro da comissão coordenadora do PS considera que os autarcas do PSD devem fazê-lo.

Sérgio Ávila em 2000, presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, candidato à ALRA, não suspendeu o seu mandato, não assumiu as funções de deputado e recandidatou-se à Câmara Municipal em 2001. Hoje o PS pela voz de Carlos César considera reprovável a presença de autarcas nas listas do PSD.

Agir sem ética e sem coerência, como faz o PS, ao sabor das marés, revela o projecto pessoal de quem quer tudo possuir e tudo controlar.

Ou os açorianos põem fim ao ciclo socialista ou os socialistas põem fim à democracia nos Açores.

Hoje como ontem procedemos de acordo com a interpretação e a prática que foi comum no passado.

Nesse sentido, no dia 5 de Setembro os Presidentes de Câmara candidatos pelo PSD suspenderam as suas funções mediante despacho respectivo.

Suspender as funções ou suspender o mandato não faz qualquer diferença do ponto de vista prático, apenas implica um conjunto de procedimentos burocráticos que o bom senso e o curto período de tempo em causa aconselham a evitar.

Repudiamos por isso, em toda a linha, o comportamento do PS neste processo cujo único objectivo é impedir a presença dos autarcas em actos públicos enquanto o presidente e os membros do governo continuam a fazê-lo todos os dias.

Os autarcas são cidadãos de pleno direito com a legitimidade acrescida de terem sido sufragados pela população que os elegeu.

Não podem por isso serem privados dos seus direitos de cidadania e de participação na vida politica por muito que isso custe ao PS.

Aguardamos, pois, com serenidade a decisão da CNE e agiremos em conformidade.

Ponta Delgada, 22 de Setembro de 2008

9/01/2008

COMUNICADO

Em Julho de 2006, foi apresentado na Graciosa o projecto de construção de um centro de visitação da furna do Enxofre da Caldeira da Graciosa.
Volvidos dois anos, na recente visita de Março de 2008 à ilha Graciosa, o Governo Regional lançou a primeira pedra daquela obra, prometendo a sua conclusão no prazo de oito meses.
Pois bem, apesar do Governo Regional ter garantido que o edifício, seria construído em harmonia com a natureza que envolve a furna do enxofre, de forma a “promover uma integração o mais perfeita possível entre o construído e o natural”, e ter afirmado que esta obra seria uma realidade no prazo de oito meses. Apesar ainda de a Sr.ª Secretária do Ambiente ter tentado encerrar a furna do enxofre, facto que só não ocorreu devido ao empenho da Câmara Municipal, o que é certo é que aquela obra está parada há meses.
Tanto quanto se sabe a obra foi mal programada e não lhe antecederam os necessários estudos geológicos que permitissem a sua perfeita integração com o meio envolvente, conforme prometia o Governo há mais de dois anos aquando da apresentação daquele projecto.
Na realidade, o que o governo procurou foi lançar uma obra para inaugurar em cima das eleições, sem cuidar de saber se esta obra estava projectada de modo a acautelar os verdadeiros interesses da ilha Graciosa.
Na verdade assim tem sido com este Governo Regional no que respeita à Graciosa. Não estuda, não avalia e não projecta para servir os interesses da ilha, mas sim para servir os interesses eleitorais e políticos do Partido Socialista.
Sobre este assunto da furna do enxofre a Secretária do Ambiente disse que “o Senhor autarca da Graciosa”, referindo-se ao Presidente da Câmara, não sabia do que falava e se metia em assuntos que não lhe diziam respeito.
Pois bem, mais uma vez se prova que, não só o Presidente José Aguiar sabia do que falava, como também o Governo é que ignora os Graciosenses.
A obra da Furna do Enxofre virá permitir uma melhor oferta turística e será um pólo de atracção e de estudo sobre os fenómenos vulcânicos. Disso ninguém duvida. Mas não pode a ilha Graciosa continuar a ser uma ilha Governada em cima do joelho, sem ouvir os Graciosenses e sem estudar os dossiers.

Santa Cruz da Graciosa, 1 de Setembro de 2008
Pela CPI Graciosa do PPD/PSD
João Bruto da Costa – Presidente