11/27/2013

Intervenção do Deputado Valdemiro Vasconcelos- debate do Plano e Orçamento 2014


Senhora Presidente,

Senhoras e senhores Deputados

Senhor Presidente do Governo

Senhora e Senhores Membros do Governo

 

 

Quem ainda acreditasse na letra plasmada na Proposta de Plano para 2014, e no que diz respeito a ilha Graciosa, e quando confrontado com uma decisão de apoio ou não a este documento, sejamos sinceros… seria difícil votar contra.

O problema deste quinto Governo Regional socialista é de falta de credibilidade. Aquilo que se escreve no Plano não é para se levar à letra. Aquilo que se apresenta hoje, ou fica por realizar ou, então, adia-se para daqui a três anos, quando já estivermos mais perto do ato eleitoral.

O Governo Regional inscreve nesta Proposta de Plano para 2014 uma verba de 2,5 milhões de euros destinada à construção da marina da Barra.

É este mesmo Governo Regional que apresentou, há relativamente pouco tempo, na Carta Regional de Obras Públicas em que se destinam para a referida obra 6 milhões de euros.

Agora digam-nos: acreditamos na Carta de Obras Públicas ou fazemos fé na Proposta de Plano que está aqui perante o Parlamento?

Ou não acreditamos nem numa nem noutra?

Ou seja, isto é mesmo uma questão de credibilidade! De credibilidade dos documentos apresentados por este quinto Governo Regional socialista e de credibilidade dos seus atores. Daqueles que permanecem no poder há quase dezassete anos e que vêm conduzindo a Região para este beco sem saída.

 

Senhora Presidente

Senhoras e Senhores Deputados

 

A beneficiação e reabilitação das estradas regionais da Graciosa são dotadas com uma verba de 130 mil euros.

Se tivermos em conta o estado de degradação da estrada Limeira-Serra Branca, Ribeirinha – Porto Afonso, obra há muito prometida, mas que nunca conheceu um metro de estrada de execução, só podemos, novamente, apontar para a falta de credibilidade dos documentos aqui apresentados e que são postos à votação.

O mesmo se poderá dizer em relação ao Matadouro da Graciosa.

Temos perante nós mais um Plano que inscreve uma verba irrisória, no valor de 185 mil euros, já diversos Planos foram aprovados por este Parlamento em que os diversos Governos Regionais socialistas se propunham levar a cabo a construção de tão importante obra para a economia da Ilha Graciosa.

É, na verdade, uma questão de credibilidade ou de falta dela!

 

Senhor Presidente do Governo

Senhora e Senhores Membros do Governo

 

O Turismo na ilha Graciosa, neste ano de 2013, conheceu um revés. As dormidas baixaram em 32%.

Não Basta construir um bonito e bem apetrechado hotel para que os turistas escolham a Graciosa para as suas férias.

E os jovens graciosenses bem que precisam de oportunidades de emprego.  

A remodelação das Termas do Carapacho ficou concluída no passado ano de 2010, num investimento que, em conjunto com a requalificação da zona balnear, ascendeu a 3,5 milhões de euros.

Por ocasião da sua inauguração, o atual Presidente do Governo, e, na altura, Secretário Regional da Economia, afirmava: "O Governo está orgulhoso da obra que aqui faz" (...) que marca não só a História da ilha Graciosa, mas que tem lugar cativo nos afetos e na memória coletiva do povo desta ilha".

Entretanto, menos de dois anos volvidos, as Termas foram encerradas para remodelação e a zona balnear oferece o mínimo de condições.

No início deste ano o Governo Regional comprometeu-se a reabrir as Termas até ao final do passado mês de Abril.

Estamos em Novembro, e as Termas continuam a precisar de obras. E os turistas aguardam que a palavra do Governo se cumpra.

É tudo uma questão de credibilidade!...

E os Graciosenses querem ter esperança.

Esperança em dias melhores.

Esperança no futuro.

Esperança em oportunidades de emprego para os seus filhos, para que a hemorragia populacional não leve a nossa ilha aos patamares que pensávamos terem sido coisa do século passado.

Temos que repor a verdade. Para que a esperança triunfe.

 

Disse.

Sem comentários: